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Os Apóstolos Vida e Morte

Primeiros discípulos de Jesus

O chamado dos primeiros discípulos de Jesus é um episódio chave da Vida de Jesus no Novo Testamento[1][2]. Ele aparece em Mateus 4:18-22, Marcos 1:16-20 e Lucas 5:1-11, sempre no Mar da Galileia. João 1:35-51 relata o primeiro encontro com dois discípulos (um deles André) um pouco antes, ainda durante a vida de João Batista, de quem eles seriam discípulos. Particularmente no Evangelho de Marcos, o começo do ministério de Jesus e o chamado dos primeiros discípulos são eventos inseparáveis.

Narração nos evangelhos:
No Evangelho de João, os primeiros discípulos são também discípulos de João Batista e um deles é identificado como sendo André, o irmão de Pedro:
“No dia seguinte João estava lá outra vez com dois de seus discípulos e, olhando para Jesus que passava, disse: Eis ali o Cordeiro de Deus! Os dois discípulos, ouvindo dizer isto, seguiram a Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer, Mestre), onde assistes? Ele respondeu: Vinde e vereis. Foram, pois, e viram onde assistia; e ficaram aquele dia com ele: era mais ou menos a hora décima. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e que seguiram a Jesus.» (João 1:35-40)”

O Evangelho de Mateus e o Evangelho de Marcos reportam o também o chamado dos primeiros discípulos às margens do Mar da Galileia:
“Andando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, também chamado Pedro, e André, lançarem a rede ao mar; porque eram pescadores. Disse-lhes: Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens. Imediatamente eles deixaram as redes, e o seguiram.» (Mateus 4:18-22)” - O Evangelho de Lucas relata o chamado também, mas juntamente com a primeira pesca milagrosa.

Em todos os relatos evangélicos, este episódio ocorre sempre após o Batismo de Jesus[5]. O ajuntamento dos discípulos de Jesus em João segue os padrões de relacionamento entre mestre e discípulo que continuam no Novo Testamento, nos quais aqueles que recebem o testemunho de outrem, se tornam por si também testemunhas de Jesus. André segue Jesus por causa do testemunho de João Batista, Filipe traz Natanael e padrão continua em João 4:4-26, onde a samaritana no poço testemunha ao povo da cidade sobre Jesus.

Apóstolo - Na tradição cristã, os apóstolos, também chamados de discípulos de Jesus, foram os judeus enviados (como indicado pela palavra grega ἀπόστολος, apóstolos) por Jesus para pregar o Evangelho, inicialmente apenas aos judeus e depois também aos gentios, em todo o mundo antigo. Eram em total doze pessoas.

Segundo o Evangelho de Lucas, "Ele chamou para si os seus discípulos, e deles escolheu doze, a quem ele chamou de apóstolos" (Lucas 6:13).

Intuito missionário - O cristianismo, ao contrário do judaísmo de onde tem origem, tem por intenção missionar o maior número possível de pessoas. O judaísmo é uma religião que se caracteriza por um conjunto de regras de comportamento, algumas das quais são vistas como pouco convenientes para a sua aceitação pelos outros povos (nomeadamente a circuncisão e as regras de alimentação). Por outro lado, o monoteísmo é apelativo para os povos politeístas (ver sociologia da religião de David Hume).

Tanto a religião judaica como a cristã eram monoteístas e apelativas para muitos dos romanos, politeístas. Mas enquanto que os judeus mantiveram as suas tradições religiosas, os cristãos, inicialmente uma pequena seita do judaísmo, dispuseram-se a acabar com essas tradições para em contrapartida se tornarem mais apelativos aos gentios. Os apóstolos tiveram, neste contexto, um papel fundamental.

Os apóstolos - especialmente Paulo de Tarso, um homem que não conheceu Jesus pessoalmente,porém teve experiências extraordinárias, espirituais, quando no caminho de Damasco, o Senhor Jesus lhes apareceu, e a partir daquele momento, ocorreu a transformação e conver-são, do Saulo, para Paulo, o maior evangelista, que o cristianismo, teve e tem, em registros das escrituras, mas que é considerado pelos próprios apóstolos como um apóstolo também, e foi escolhido por Jesus para pregar aos gentios - foram aqueles que receberam a incumbência, do próprio Jesus, de esclarecer aos povos, incluindo os gentios, que não basta seguir à risca um conjunto de regras de comportamento nem realizar rituais (como os judeus acreditavam) para agradar a Deus e receber o seu favor, a sua salvação e que Deus deseja a salvação de todos e não apenas dos judeus; isto permitiu a entrada dos povos gentios nesta religião nascente.

Os tempos apostólicos - no sentido estrito do termo - constituem o período de vida dos doze, mais São Paulo, da ressurreição até à morte de cada um deles.
O sucesso da estratégia incutida ao cristianismo pelos apóstolos é evidente. Enquanto que o judaísmo permaneceu uma religião monoteísta transmitida de geração em geração, o cristianismo foi adoptado por outros povos (o Império Romano teve um importante papel na sua divulgação) e cresceu para influenciar a história e cultura da Europa desde então.

Jesus convidando os doze apóstolos:
É um episódio da vida de Jesus que aparece nos três evangelhos sinóticos, em Mateus 10:2-4, Marcos 3:13-19 e Lucas 6:12-16, mas não no Evangelho de João. O relato trata da seleção inicial dos doze apóstolos entre os discípulos de Jesus

Narrativa bíblica:
De acordo com o Evangelho de Lucas: “Naqueles dias retirou-se para o monte a orar e passou a noite orando a Deus. Depois de amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos, a saber: Simão, a quem deu ainda o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão chamado zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor» (Lucas 6:12-16)”
No Evangelho de Mateus, este episódio ocorre imediatamente antes do milagre da cura do homem com a mão atrofiada. Nos evangelhos de Marcos e Lucas, logo depois.

Esta convocação dos apóstolos ocorre antes da paixão de Jesus e não deve ser confundida com a Grande Comissão, na qual ele convoca os Setenta Discípulos, que ocorre após a sua ressurreição.

Atos de Pedro e os 12 apóstolos:
É um manuscrito encontrado nos códices da Biblioteca de Nag Hammadi (Códice VI). O texto, escrito provavelmente no século II dC, contém duas partes. Uma alegoria inicial e uma exposição gnóstica explicando seu significado. Acredita-se que a alegoria era originalmente uma obra independente.

A alegoria descreve uma parábola semelhante à do negociante de pérolas descrita no Evangelho segundo Mateus (Mateus 13:44ss). Aqui ele está vendendo uma pérola de grande valor. O negociante é evitado pelos ricos, mas os pobres vão a ele em grande quantidade, e descobrem que a pérola está guardada na cidade natal do negociante, "Nove Portões", e aqueles que quiserem a pérola deverão empreender a dura viagem até Nove Portões. O nome do negociante é Lithargoel, que é traduzido como "pedra leve e brilhante", ou seja, o próprio negociante é a pérola. Por fim, o negociante se revela como sendo o próprio Jesus.

Os Apóstolos: "Vida e Morte"

Apóstolo Pedro
Vida: Foi mártir na cidade de Roma em cerca de 64 d.C., durante a perseguição dos cristãos pelo imperador Nero.
Morte: Crucificado de cabeça para baixo no Circo de Nero a seu próprio pedido, por não se sentir de valor suficiente para morrer da mesma forma que o seu Senhor havia morrido.

Apóstolo André
Vida: Foi para a terra dos canibais, que hoje são os países que compuseram a ex-União Soviética, região identificada por Cítia, por Eusébio de Cesaréia. Os cristãos daquela região atestam que ele foi o primeiro a levar o Evangelho para lá. Ele também pregou na Ásia Menor, hoje conhecida como Turquia, e na Grécia, onde foi martirizado. É considerado o fundador da igreja em Bizâncio (Constatinopla e, atualmente, Istambul), motivo pelo qual é considerado o primeiro Patriarca de Constantinopla.
Morte: Crucificado em uma cruz em forma de x.

Apóstolo Tomé
Vida: Foi provavelmente o mais ativo do apóstolos ao leste da Síria. Uma tradição informa que ele pregou até a Índia. Os cristãos indianos chamados Martoma, uma denominação muito antiga dentro do Cristianismo, o reverenciam como o fundador dela.
Morte: Foi morto em Mylapore, na Índia, por lanças de quatro soldados.

Apóstolo Filipe
Vida: Possivelmente teve um ministério muito poderoso em Cartago, no Norte da África, e então na Ásia Menor, onde a mulher de um procônsul romano se converteu.
Morte: Provavelmente morreu crucificado, mas alguns afirmam que foi preso e torturado pelo procônsul.

Apóstolo Mateus
Vida: O coletor de impostos e escritor de um dos Evangelhos, ministrou na Pérsia (atual Irã) e na Etiópia.
Morte: Um dos mais antigos comentários diz que ele não foi martirizado, enquanto outros dizem que ele foi apunhalado até morrer na Etiópia.

Apóstolo Bartolomeu
Vida: Fez viagens missionárias para muitas partes. Porém tal informação é passada através de uma tradição. Ele teria ido à Índia com Tomé, voltou à Armênia, e foi também à Etiópia e ao sul da Arábia.
Morte: Teria sido esfolado vivo e, depois, decapitado pelo governador de Albanópolis, atual Derbent.

Apóstolo Tiago, filho de Zebedeu Também chamado de Tiago Maior
Vida: foi um dos primeiros discípulos de Jesus.
Morte: Foi decapitado em 44 d.c.

Apóstolo Tiago, filho de Alfeu
Vida: Também conhecido como Tiago Menor é um dos pelo menos três outros Tiagos referido no Novo Testamento. Existe alguma confusão sobre quem seria quem, mas este Tiago é considerado como sendo o que ministrou na Síria.
Morte: Teria sido apedrejado.

Apóstolo Simão, o Zelote
Vida: Teria ministrado na Pérsia e martirizado naquela região.
Morte: Morto depois de negar sacrificar ao deus Sol, juntamente com Judas Tadeu.

Apóstolo Judas Tadeu ou Lebeu
Vida: Um dos três Judas relacionados com o ministério terreno de Jesus Cristo, foi chamado para ser um dos doze, não podendo ser confundido com o traidor Judas Iscariotes (cfr. João 14:22). Diz a tradição que se dedicou à pregação do Evangelho na Judéia, Samaria, Mesopotâmia (hoje região do Iraque) e na Pérsia.
Morte: Martirizado a machadadas pelas autoridades persas e pela multidão instigada por sacerdotes zoroastristas juntamente com Simão, o Zelote.

Apóstolo João
Vida: É o único dos apóstolos que se pensa ter morrido de morte natural em idade avançada. Ele era o líder da Igreja na região da cidade de Éfeso, e é-se dito de que tinha Maria, a mãe de Jesus, em sua casa, de quem cuidava. Durante a perseguição do imperador romano Domiciano, pelo meio da década de 90 d.C., ele foi exilado na Ilha de Pátmos. Foi ali, segundo se crê, que ele teria escrito o último livro do Novo Testamento: o Livro do Apocalipse. Uma tradição latina muito antiga informa que ele escapou sem se queimar, depois de ter sido jogado num caldeirão de óleo fervente. Isso teria acontecido na cidade de Roma.
Morte: De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que a mesma estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja. Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus mais amava. Ele tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa.

Apóstolo Judas Iscariotes
Vida: Teria sido convocado pelo próprio Jesus, mas traiu o Mestre enquanto este orava no Getsêmani. Morreu suicidando por enforcamento, depois de ter se arrependido por entregar Jesus.

Apóstolo Paulo (Saulo de Tarso)
Vida: Perseguidor dos discípulos do Senhor, em uma das suas práticas converteu-se no caminho para Damasco, quando viu Jesus e ficou cego por três dias(At 9:1-9). Paulo o viu apenas uma vez. Tendo recebido a missão apostólica a partir do próprio Jesus. Dedicou a sua missão especialmente aos não-judeus.
Morte: Feito prisioneiro em Roma, foi acusado de crimes de falta de lealdade a Roma, e uma vez que era cidadão romano, foi executado por decapitação na Via Ostiense e não por crucificação.

Apóstolo Matias
Vida: Escolhido para ficar no lugar de Judas Iscariotes. Uma tradição diz que São Matias foi para a Síria com André.
Morte: Morto na fogueira.

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